Edvanda, você deixou esta terra para entrar na dimensão eterna ás 5.15, a tua hora. A hora que você gostava para levantar e ver surgir o sol; a hora da resurreição, porque você dizia que naquela hora a Madalena foi até o sepulcro de Jesus.
Agora, todas as vezes que veremos o sol surgir, nos lembraremos de você! Presença alegre e generosa, criativa, determinada e guerreira até o fim!
Você soube viver e encarnar concretamente a consagração à Imaculada; a tua vida nas mãos de Maria se transformou em vida nova para todos aqueles que te encontravam. Você sempre colocou o outro antes de tudo.
As tuas palavras preferidas eram: EIS-ME AQUI e AMOR.
Aquele “Eis-me aqui” que você pronunciou desde o momento no qual o Senhor te chamou para ser toda Dele.
O amor foi o motor da tua paixão missionária, a força que te impulsionou a doar-te completamente a Ele e a todas as pessoas que você encontrou no teu caminho.
Você nos ensinou a viver o momento presente, a ter paciência, a ver as coisas com outros olhos, com sabedoria. Você era sempre disponivél com todos e o teu coração acolheu a todos sem distinção.
Como não pensar no Centro Social, em todas aquelas crianças, adolescentes e famílias que você ajudou e em você sempre encontraram uma pessoa disponível para ouvir e acolher suas alegrias e seus sofrimentos.
Como não lembrar o teu grande amor pela vocação que você abraçou e pelas vocações, pelas quais você trabalhou e se doou sem medir esforços no serviço de formação dentro do nosso Instituto.
Você sabia alegrar-se nos momentos felizes e chorar e partilhar nos momentos mais difíceis.
Estes últimos 4 anos foram pra você uma grande batalha, contra essa doença. Você soube combater com paciência e persistência porque você amava a vida. Você nunca desistiu, mesmo nos momentos mais difíceis… e tentava sempre não desanimar e encontrar a força para continuar a esperar. Era você que encorajava todas nós… dizendo sempre “estou bem, não se preocupem”, mesmo quando não era assim.
Acompanhar e estar perto de você neste tempo, foi para nós uma escola de vida. Aprendemos aquilo que o nosso padre Faccenda nos dizia: “Sem amor não se vive e sem dor não se ama. A Imaculada nos ensina com o seu exemplo – assim como Padre Kolbe seguindo os passos da Mãe – que a dor tem o poder de criar comunhão. A alegria nos reúne, mas é a dor que nos irmana; e somente quem soube viver a dor pode ser capaz de estar perto de seu próximo e consolá-lo”.
Você, Edvanda, nos ajudou a olhar para os valores eternos, a “tocar” mais de perto o sofrimento e a olhar para o essencial. Aprendemos a nos amar mais, para ajudar você.
Você soube envolver cada uma de nós para te ajudar e isso foi para nós um sinal de comunhão. O seu modo de viver e enfrentar este tempo, sem nunca se queixar ou dizer: “Porque aconteceu comigo?”, disse muito pra nós. A sua única pergunta era: “Senhor, de que forma você quer que eu viva agora a minha missão?”.
Você se deixou CONDUZIR pela Imaculada, que tanto você amava, e se deixou despojar de tudo e neste seu despojamento você vestiu todas nós criando uma comunhão profunda e fecunda.
E assim você se tornou livre… um instrumento nas mãos do Senhor, para ajudar as pessoas que se aproximavam de você.
Descobriu como o Senhor quis que você vivesse a sua missão: ser um instrumento de comunhão.
Mesmo quando a doença começou a limitar os seus movimentos, você continuou o seu apostolado de outra forma.
O celular e a sua agendinha tornaram-se instrumentos de trabalho para continuar a doar vida e esperança aos muitos contatos que você tinha. Mesmo estando parada fisicamente, você continuou a “caminhar” e o que parecia ser um limite tornou-se uma ocasião para testemunhar com maior profundidade e trasparência o Amor de Deus.
Você soube ser um “SINAL” como dizia o nosso fundador padre Faccenda:
“Ser um sinal, uma presença, um testemunho, um caminhar juntos para que todos sintam mais forte e insistente o convite de olhar para Maria com um amor renovado, capaz de infundir mais confiança e esperança”.
E você, Edvanda, viveu e testemunhou isso. Você foi uma outra Maria, assim como você pediu ao Senhor.
Você sempre agradecia e hoje somos nós que agradecemos a você.
Se diz que quando uma pessoa morre deixa um grande vazio, ma você Edvanda não vai deixar um grande vazio mas um grande testemunho de uma vocação alegre e plena, de vida e de Amor.
Obrigada pela sua presença e por tudo o que você nos doou. Você estará sempre conosco!
Tchau Edvanda, acompanha-nos lá do céu!
As suas irmãs Missionárias